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No dia 2 de outubro a Nintendo abriu as portas do seu primeiro museu em Uji, nos arredores de Kioto, Japão. A iniciativa marca uma nova fase na trajetória da gigante dos jogos eletrônicos, que começou em 1889 produzindo cartas de baralho e, ao longo do tempo, evoluiu para um ícone da indústria de entretenimento global, conhecida por suas lendárias franquias, como “Super Mario” e “Donkey Kong”.
Localizado em uma antiga fábrica reformada que data de 1969, o museu apresenta uma variedade de atividades interativas, incluindo uma área onde os visitantes podem se divertir jogando clássicos como Mario e Donkey Kong em um console gigante. O espaço também oferece uma versão digital de um antigo jogo de poesia japonesa e workshops onde os visitantes podem criar suas próprias cartas “hanafuda”, conectando-se com a rica história da Nintendo.
Os ingressos para o museu, que custam 3.300 ienes (aproximadamente 22,60 dólares ou 122 reais), esgotaram rapidamente para os meses de outubro e novembro, demonstrando o grande interesse do público. Em um vídeo divulgado em agosto, Shigeru Miyamoto, o icônico criador de “Super Mario”, comentou: “Os visitantes podem aprender sobre o comprometimento da Nintendo com uma produção que dá importância ao jogo e à originalidade”.
A franquia “Super Mario” teve sua estreia em 1985, apenas dois anos após o lançamento do console Nintendo Entertainment System (NES), que revolucionou o mercado de jogos. O museu se insere na estratégia da Nintendo de ampliar sua presença e relevância no mundo do entretenimento, uma abordagem que também inclui o sucesso do filme de animação “Super Mario Bros”, lançado no ano passado.
Além do museu, a Nintendo já construiu uma área chamada “Super Nintendo World” no Universal Studios no Japão, que inclui atrações como uma montanha-russa inspirada no Mario Kart. Um projeto semelhante está previsto para ser inaugurado em 2025 no parque da Universal em Orlando, Flórida, EUA.
Kensaku Namera, analista da Nomura Securities, comentou à AFP que a abertura do museu se alinha à visão da Nintendo de se posicionar como um espaço onde “as pessoas podem interagir” com suas amadas franquias de jogos. A reforma da antiga fábrica, que havia sido usada para a produção de cartas de baralho e posteriormente para o reparo de consoles, é vista como uma decisão estratégica que reforça o compromisso da empresa com a sua rica história e legado. Com essa nova adição, a Nintendo não apenas celebra seu passado, mas também convida os fãs a se conectarem de forma mais profunda com o universo que criou ao longo de mais de um século.